Um gato tem chamado a atenção na internet após sua tutora postar uma série de vídeos no TikTok afirmando que ele seria “autista”. Vídeos com conteúdos como “Como saber se seu gato é autista” e “O olhar de um gato autista” tem gerado burburinho na web.
Em vídeos nas redes sociais a tutora produz conteúdos como “O olhar de um gato autista” e “Como saber se o seu gato é autista” – Foto: TikTok/Reprodução ND
No vídeo “Como saber se o seu gato é autista” são dadas algumas características pela tutora como: muito desconfiado, tem medo de tudo e não gosta de barulho, não confia em ninguém, só vive escondido em lugares escuros e o pouco de confiança que lhe resta, deposita no dono.
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Os vídeo causou polêmica e gerou mais de 3 mil comentários como: ” Essas não são as características de um gato no geral?” ou ” É verdade isso? existe autismo em bichinhos?”
Em outro vídeo chamado “O olhar de um gato autista”, a tutora filma o animal com um olhar distante e perdido. Foram mais de 2 mil comentários também questionando o diagnóstico ‘atípico’ do felino: “Gato autista? Eu nunca ouvi falar”.
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Diante dos comentários, a tutora responde: “Eu não consigo levar ele para passear porque ele tem medo de barulhos e de estranhos”, e completa: “Os irmãozinhos dele passeiam, ele só quer viver preso no escuro.”
‘Gato autista’: animais podem ser diagnosticados com autismo?
Segundo um artigo publicado pelo Dr. Christian Jarrett, neurocientista, o autismo é uma condição de neurodesenvolvimento encontrada em humanos, e alguns dos critérios de diagnóstico, como um atraso no desenvolvimento da linguagem, não podem ser aplicados de forma simples aos animais.
Dito isto, alguns animais apresentam características semelhantes às do espectro autista, como tendência a comportamentos repetitivos ou hábitos sociais atípicos.
Os bull terriers, por exemplo, são especialmente propensos a perseguir repetitivamente o rabo, o que alguns especialistas comparam ao movimento giratório que às vezes é visto em crianças com autismo.
O mesmo acontece com o gato que viralizou pelo seu comportamento que, apesar de atípico, não comprova que o animal seja, de fato, autista.
Por que não se deve fazer diagnóstico em animais baseado na internet
Uma nova pesquisa publicada na “Pet Gazette” revela que 75% das pessoas utilizam a internet para verificar os sintomas dos seus animais de estimação.
Ao todo, 22% dos donos escolhem este método para identificar o que está fazendo mal ao seu amigo peludo. E apenas 20% “às vezes” procuram aconselhamento veterinário depois de pesquisar na Internet.
O recomendado é levar o pet ao veterinário para receber diagnósticos corretos e feitos por especialistas em animais
