A cena de uma profissional sacudindo pelo pescoço um menino de aproximadamente 3 anos foi flagrada pela vizinha de uma creche no Centro de Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, e revoltou muitos internautas.
As imagens foram compartilhadas nesta segunda-feira (23) e rapidamente viralizaram, o que teria gerado a demissão da profissional e medidas no educandário.
Por meio de nota, o centro educacional comentou que os fatos são atípicos e já está tomando as medidas cabíveis. “A profissional envolvida nos fatos já foi desligada do colégio e estamos realizando o procedimento administrativo interno apurando os fatos acontecidos, inclusive já entramos em contato com os pais dos alunos envolvidos para nos colocar à disposição”, traz a nota.
Nos comentários da publicação, entretanto, muitas pessoas afirmaram que os gritos e sacudidas em crianças são recorrentes. “Fui auxiliar dela, eu avisava na direção sobre o comportamento da profissional, mas nunca me escutaram”, escreveu uma mulher.
Outra comentou,” também trabalhei nessa escola e é simplesmente tudo errado, desde a coordenação à direção”, denunciou.
A vizinha da creche que denunciou os gritos, compartilhou ainda um pedido da creche para retirar a publicação. “Não vou retirar do ar, a atitude da professora não é de hoje”, respondeu.
Veja momento em que profissional de creche dá sacolejo em menino de 3 anos
Ainda por meio de nota, a escola reiterou que o compartilhamento das imagens da criança pode configurar crime previsto no ECA (Estatuto da Criança e do adolescente).
“Os fatos envolvem menores e a divulgação de fotos de crianças e adolescentes sem a autorização expressa dos pais ou responsáveis é ilícita e pode ser considerada crime. O artigo 241-A do ECA prevê que a divulgação de fotos íntimas de crianças ou adolescentes é considerada crime e pode levar a uma pena de até seis anos de prisão”, reitera a nota.
“O uso indevido de imagem também pode ser considerado crime em casos mais graves, como previsto no artigo 218-C do Código Penal. Assim o pedido realizado anteriormente tem por objetivo preservar os menores envolvidos nos fatos e novamente reforçamos que já estamos tratando de forma rápida e legal ocorrido”, finaliza o documento.
O ND Mais também entrou com contato com a secretaria de Educação de Itajaí, que informou não ter nenhuma relação com o educandário, que é particular, tampouco a disponibilização de vagas públicas na creche.