Proibição de celular nas escolas protegerá o processo educacional, diz deputado à CNN

O Congresso Nacional aprovou um projeto de lei que proíbe o uso de celulares e aparelhos eletrônicos dentro de escolas públicas e privadas em todo o Brasil.

A medida, que será sancionada pela Presidência da República nesta segunda-feira (13), é vista como um passo importante para melhorar o processo educacional no país.

O deputado federal Rafael Brito (MDB-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, defendeu a importância da medida em entrevista à CNN.

Segundo ele, a proibição protegerá o processo educacional nas escolas.

 

 

Impacto no aprendizado

Brito citou estudos que mostram que, em média, um jovem pega no celular 250 vezes por dia para olhar notificações e redes sociais.

Durante uma aula de 50 minutos, um estudante chega a consultar o aparelho 15 vezes.

“É muito complicado que a gente cobre a aprendizagem se não houver foco no que está sendo passado pelos professores naquele exato momento”, argumentou o deputado.

Além do impacto no aprendizado, o parlamentar destacou que o uso excessivo de celulares está relacionado a problemas de saúde mental entre os jovens, como depressão e ansiedade.

A medida também visa combater o cyberbullying no ambiente escolar.

Flexibilidade e uso pedagógico

Apesar da proibição geral, o projeto prevê flexibilidade para que as escolas estabeleçam regras próprias em situações específicas.

Os professores poderão autorizar o uso dos aparelhos para fins pedagógicos ou de pesquisa durante as aulas.

Rafael Brito ressaltou que a tecnologia deve ser parceira do processo educacional, mas era necessário estabelecer uma regra geral para todo o país.

“A ferramenta fica proibida, mas fica condicionada à autorização no ambiente escolar da direção da escola e dentro da sala de aula da maior autoridade que é o professor”, explicou.

A medida conta com amplo apoio popular.

Uma pesquisa do Instituto Nexus mostrou que 86% dos brasileiros são favoráveis a algum tipo de restrição ao uso de celular nas escolas, sendo que 54% apoiam a proibição total.

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